"Requisitos Mínimos de Intervenção em Situações de Violência Doméstica e Violência de Género" foi o tema do seminário que decorreu esta manhã (30 de Maio) no auditório da Escola de Enfermagem da Universidade de Évora. O evento teve a participação da Vice-Presidente da Câmara Municipal de Évora, Élia Mira.
Esta iniciativa, organizada pela Associação Ser Mulher, integrou-se no âmbito das atividades da RIIDE - Rede Integrada de Intervenção do Distrito de Évora, tendo como parceiras a Associação Portuguesa de Mulheres Juristas e a Associação Mulheres Contra a Violência.
A sessão de abertura contou com intervenções de Felícia Pereira (Representante da RIIDE) e Sónia Ramos (Directora do Centro de Segurança Social de Évora), prosseguindo os trabalhos com a comunicação "Dos Mitos à Convenção de Istambul" por Aurora Rodrigues (Associação Portuguesa das Mulheres Juristas) e "Requisitos Mínimos de Intervenção em Situações de Violência Doméstica e Violência de Género" por Margarida Medina (Associação de Mulheres Contra a Violência).
Os Requisitos Mínimos de Intervenção estão plasmados num guia com o mesmo nome que é o documento orientador onde se estabelece um conjunto de requisitos mínimos de intervenção no âmbito da violência doméstica e violência de género, de cumprimento obrigatório, designadamente pelas estruturas de atendimento, respostas de acolhimento de emergência e casas de abrigo, entre outros. Elaborado em Setembro de 2016 pela Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género, o documento pode ser consultado aqui: http://bit.ly/2sa8FmP
A actriz Rosário Gonzaga leu um texto de Maria Barradas cuja temática incidiu na violência doméstica, sendo a sessão de encerramento feita por Élia Mira (Vice-Presidente da Câmara Municipal de Évora) e Ana Beatriz Cardoso (da Direção da Associação Ser Mulher).
A Vice-Presidente da Câmara Municipal de Évora frisou a importância da educação como forma de quebrar o ciclo de violência, começando junto dos mais novos o trabalho de mudança na matriz de valores. Um trabalho em relação ao qual a escola actual não pode estar alheia e deve ter um ter outro olhar. A disponibilidade da Câmara para o trabalho em parceria e o valor das respostas multissectoriais foi sublinhado pela autarca, que concluiu a sua intervenção fazendo o reconhecimento público do trabalho desenvolvido pela Associação Ser Mulher.
Ana Beatriz Cardoso explicou que este é o primeiro encontro organizado pela Associação Ser Mulher enquanto tal e recordou o trabalho feito pelo Lar de Santa Helena nesta área e o papel fundamental da Comissão para a Igualdade de Género (CIG) no que concerne à partilha de práticas entre as casas abrigo e ao cimentar do espírito desta causa. Um trabalho de grande sensibilidade, onde se apoia pessoas bastante fragilizadas, sendo essenciais valores como tolerância, generosidade e respeito pelo outro. "A par da sensibilidade e da prevenção é igualmente muito importante que o sistema judicial demonstre que este crime não compensa", considerou ainda Ana Beatriz Cardoso.
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