O verbo “contemplar” (lat. contemplāri) remete,
entre outros significados, para a observação atenta e para uma reflexão
profunda. Contemplar é abrir-se para o real, descobrir a novidade do
corriqueiro, enxergar a beleza do quotidiano e, assim, ocupar um lugar único no
mundo. Ao contemplar algo, alguém ou a si próprio, o indivíduo tem a
oportunidade de (re)construir a realidade em seu redor. O sujeito que contempla
converge o seu olhar no presente, procurando capturar o instante e as suas
infinitas possibilidades. Nesta perspetiva, contemplar é romper com o
instantâneo. A contemplação com curiosidade e encantamento, livre de
(pré)suposições, conduz, assim, à perceção vivida. A presente exposição deseja
contemplar, com singelos detalhes, a Universidade de Évora e a cidade que lhe
dá nome. As fotografias procuram registar a rotina da Academia, e o dia a dia
dos alunos e as suas tradições. Não indiferente ao ambiente urbano, as imagens
retratam, também, o quotidiano dos residentes da histórica cidade de Évora, e
os pormenores que compõem a sua bela arquitetura. Procura-se traduzir, assim,
com poesia, o olhar estrangeiro do autor, de nacionalidade Brasileira, sobre os
costumes de uma das mais antigas Academias de ensino em Portugal, bem como as
narrativas que permeiam a sua bucólica cidade alentejana. Dênis Cunha
Produção Edição de Conteúdos|Curadoria|Rute Marchante Pardal Serviço
Dinamização Cultural BGUÉ
This exhibition intends to show in simple details, the University of Évora and the city, whence its name comes. The photographs are meant to record the Academy routine the daily life of students and their traditions.