Início > MUNÍCIPE > Áreas de Ação/Intervenção > Cultura > AGER(E) – Projeto Municipal de Apoio à Gestão e Promoção do Património Rural de Évora
Sabendo que o investimento na educação é um dos mais importantes meios potenciadores da valorização do património, surgiu agora, no âmbito do AGER(E) um projeto educativo em articulação com outro projeto municipal “Volta a Évora em 70 dias”: o AGERINHO. Graças ao trabalho desenvolvido em parceria com o meio escolar e agentes locais, foi possível pôr em prática um projeto marcado pela originalidade e forte interação dos mais jovens com o ambiente cultural das freguesias rurais.
O AGERINHO consiste na realização de um ciclo de visitas guiadas de escolas urbanas ao património rural, cujo acolhimento e dinamização será feito por alunos das escolas rurais anfitriãs. O objetivo também inclui preservar os conteúdos destas ações, editando o AGERINHO em forma de livro/caderno de exploração pedagógica.
As visitas deverão ter lugar em fases, de forma a envolver todas as freguesias rurais do concelho. Assim, para além da abordagem e divulgação do património cultural existente no meio rural, estaremos a investir na educação através de instrumentos pedagógicos inovadores, despertando o interesse dos jovens pela cultura numa perspetiva diferente do ambiente tradicional.
Évora rural é rica de igrejas, palácios, conventos, castelos, sítios e monumentos arqueológicos, natureza, fauna, flora, paisagens …, mas também de pessoas, costumes, lendas e tradições, saberes e sabores …
Por isso nasceu o AGER(E), um projeto lançado pelo Município de Évora em dezembro de 2014 e cuja dimensão se estende, no seu conceito de património, a toda a vastidão das suas vertentes material e imaterial. O objetivo principal foi o de salvaguardar e ao mesmo tempo promover o património de maior relevância cultural existente nas freguesias rurais do Concelho de Évora.
Durante a fase de levantamento inicial e ao longo do estudo que nunca termina, foram definidas as seguintes seis áreas temáticas, de acordo com os grandes traços de identidade histórica e cultural das freguesias rurais:
Freguesias de Nª Sra. da Tourega e Nª Sra. de Guadalupe.
Freguesias de S. Sebastião da Giesteira e Nª Sra. da Boa Fé; O Património da Água, Freguesia da Nª Sra. da Graça do Divor.
Freguesia de São Bento do Mato.
Freguesias de S. Miguel de Machede e Nª Sra. de Machede.
Freguesias de S. Manços, S. Marcos e S. Vicente do Pigeiro.
Freguesias de Torre de Coelheiros, S. Manços e S. Vicente do Pigeiro.
No âmbito da criação de instrumentos de gestão foi realizado trabalho de formação junto dos agentes locais, tendo em conta também o interesse na fruição do património. Nesse sentido foram desenvolvidas várias ações de animação cultural durante o ano de 2015: visitas guiadas ao património histórico, passeios culturais, concertos de Natal, cante tradicional e brincas.
Pode encontrar, em baixo, mais informações sobre algumas das atividades realizadas.
Folheto “Tour Rural”
Ainda no âmbito deste projeto e, respondendo aos seus objetivos gerais, foi concebido um folheto “Tour Rural” em formato editável com dois percursos temáticos que ligam todas as freguesias rurais do concelho. Este projeto foi produzido também numa perspetiva de promoção e valorização turística e de fruição pública do património cultural em espaço rural, em complemento da oferta patrimonial instalada na cidade.
8 abril 2016
Programas Municipais AGERE/AGERINHO e Volta a Évora em 70 Dias potenciam intercâmbio cultural de alunos do 1º Ciclo do Ensino Básico
Os alunos da Escola Básica da Azaruja receberam na sua escola os seus colegas da Escola Básica do Bairro Sr. da Glória e foram os anfitriões do seu espaço educativo, da sua aldeia, do seu património, do seu mundo.
Os pequenos visitantes ouviram os colegas descrever com orgulho traços da história e da realidade da Freguesia de S. Bento do Mato: desenvolvimento económico, monumentos, usos e costumes, tradições, gastronomia.
De seguida, e após o lanche, foram juntos abrir a boca de espanto na visita a uma fábrica de cortiça. Tiveram oportunidade de ver os operários em laboração, e de perceber como é possível transformar uma casca de árvore em tantas coisas úteis e bonitas.
Ao fim da tarde voltaram a casa com histórias para contar.
5 abril 2016
No âmbito dos projetos “Volta a Évora em 70 Dias” e “AGERINHO”: Intercâmbio escolar entre alunos de S. Mamede e de S. Manços
Alunos da Escola Básica de S. Mamede fizeram hoje (dia 5 de Abril) um intercâmbio pedagógico e cultural com os seus congéneres da Escola de S. Manços, enquadrados no projeto municipal “Volta a Évora em 70 dias”…
16 maio 2015
Visita Guiada à Igreja de S. Marcos da Abóbada
Antiga Igreja Paroquial
Programa
09:30 | Estacionamento da Porta da Lagoa: concentração dos visitantes e partilha de boleia.
10:15 | Visita Guiada à Igreja de S. Marcos da Abóbada, com intervenções sobre o contexto histórico local, as tradições comunitárias e o património arquitetónico e artístico.
Nota: Programa cultural integrado na Rota das Igrejas d’Évora e AGERE
Folheto:
21 março 2015
Passeio Cultural a Nossa Senhora da Graça do Divor
Iniciativa integrada com os contributos dos projetos municipais AGER(E) e Doze Meses de Boa Mesa e da Rota das Igrejas de Évora, vai ter lugar no próximo dia 21 de março, sábado, na freguesia da Graça do Divor. Deste programa consta uma caminhada pela Ecopista (Évora-Graça do Divor), uma visita guiada à igreja paroquial e um almoço em torno da temática das Sopas tradicionais. Acompanhará toda a iniciativa um grupo de urban sketchers.
Igreja de Nossa Senhora da Graça do Divor
É um dos edifícios religiosos mais importantes do espaço rural eborense. A igreja, já existente em 1536, foi profundamente reformada entre o final do século XVI e os primeiros anos do século XVII. A contextualizar esta época sabe-se que o pórtico da igreja já estaria construído, pois aí se documenta uma tumulação em 1594. Estruturalmente, apresenta exonartex (pórtico) de mármores contrastantes, de traça maneirista inspirada na arte italiana. A fachada principal apresenta portal coroado por frontão triangular, rematado lateralmente por dois campanários de alvenaria, um deles ainda provido de sino em bronze. Exteriormente, para além de robustos contrafortes, as estações da Via Sacra, em azulejos figurando a Cruz do Calvário, pontuam as paredes da nave. Interiormente, o templo apresenta nave única, retangular, coberta por abóbada de berço, decorada por caixotões geométricos com rosetas, talvez da traça do arquiteto Pero Vaz Pereira. O acesso à ábside, de semelhante planta, é feito por arco triunfal, apresentando uma tipologia muito comum em igrejas alentejanas da época. A igreja alberga um notável conjunto de azulejaria seiscentista, cuja encomenda, feita a oficinas lisbonenses, data provavelmente da terceira década do século XVII. Efetivamente, os grandes tapetes que cobrem, praticamente, todo o interior do templo – moldando-se aos vários planos de suporte arquitetónico – utilizam padrões diversos, de grande intensidade decorativa e cromática. Nos pontos fulcrais, como o arco de triunfo, são utilizadas composições ornamentais, de brutescos, de caráter individualizado.
Um dos aspetos mais marcantes deste conjunto é a cercadura aplicada sobre a cornija da nave, decorada com sereias aladas a sustentar coroas de louro onde com emblemas marianos, caso único no país. Ao conjunto artístico de fresco, estuque e azulejaria, uno e único no aro rural eborense, acrescem os investimentos tardios de talha dourada. Tal é o caso do retábulo do altar-mor, já da segunda metade do século XVIII, típico da linguagem já rococó das oficinas da cidade. Os altares colaterais são anteriores e, segundo Túlio Espanca, enquadram-se estilisticamente na talha do estilo nacional Barroco do reinado de D. Pedro II. A decoração completa-se com pinturas murais, representando figuras hagiológicas, da autoria de um pintor eborense dos primeiros anos do século XVII.
MEMÓRIAS DO SÍTIO DIVOR A igreja da Graça do Divor é um dos «meus sítios». Nela, tudo se conjuga: o estuque e a pintura maneirista, a volumetria e a busca de unidade decorativa por vontade de um epíscope atento, as imagens e os frescos, os azulejos e os têxteis, o céu e a paisagem alentejana, as manchas de Arraiolos e da Igrejinha ao longe, a barragem, o pórtico teotonino dominando a campina… Depois, a uma centena de metros, temos o grosso da aldeia sofrida que nos acolhe, a cooperativa e a tasca, as pessoas, até um bom restaurante que abriu mais tarde (além daquele que se improvisa sempre na Casa do Povo, para consolo dos viajeiros) … De tudo guardo as memórias antigas de visitas com Túlio Espanca há quarenta e tal anos, mais tarde com Artur Goulart e Sylvie Deswarte, e as poesias ditas por Alberto Rodrigues Machado da Rosa, com meus filhos ainda pequenos sentados em hora de poentes vermelhos no adro da igreja, ouvindo falar de André de Resende e de Agostinho da Silva… Já lá vão trinta anos, algumas dessas memórias! Outras são mais recentes: as pesquisas, um livro a sair sobre D. Teotónio de Bragança, o estudo do arquiteto-escultor Pero Vaz Pereira, envolvido nas decorações de início do século XVII, e muito mais coisas. O sítio continua vivo. Se fosse crente, aqui faria sentido ver e crer, sentir o telúrico e o espiritual em uníssono – mas sim, essas forças sentem-se, como se o tempo afeiçoasse ternamente os nossos sentidos e lhes desse sentido de sentir… Vítor Serrão
Para conhecer outras atividades, consulte os folhetos em anexo.
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