A compostagem é um processo de decomposição controlada de matéria orgânica (ramos, folhas, restos de alimentos, etc…) feita através de microrganismos (fungos e bactérias).
Esta decomposição pode ser feita num compostor (recipiente apropriado para a compostagem), em pilhas de compostagem ou simplesmente amontoando a matéria orgânica num local em contacto com a terra.
O produto resultante da compostagem é denominado de composto e pode ser aplicado no solo como adubo natural, apresentando vantagens monetárias e ambientais comparativamente aos fertilizantes químicos.
O projeto de Compostagem Municipal em Évora
O projeto de Compostagem Municipal em Évora é uma prática recente, no entanto, tem existido um esforço contínuo e crescente por parte da Câmara Municipal para desenvolver o projeto e aumentar a quantidade de resíduos destinados à Compostagem.
Esta prática surgiu para dar resposta à problemática do crescente aumento de resíduos que se verifica hoje em dia, e cada vez mais.
“A Compostagem dá um destino adequado a alguns resíduos do concelho, e desvia a sua entrada do aterro municipal, evitando despesas com o despejo de resíduos em aterro e aumentando assim a sua durabilidade. Do processo de Compostagem resulta um bom fertilizante natural que deverá ser utilizado no solo.” (Dora Teresa, Estagiária CME).
Nesta fase inicial do projeto, apenas serão usados para a Compostagem resíduos vegetais pertencentes aos espaços públicos da cidade, para facilitar a articulação do processo.
Quanto à Compostagem doméstica, esta poderá ser praticada de forma simples em qualquer jardim ou canteiro das nossas casas.
Objetivos:
Reciclar os resíduos vegetais do concelho, abrangendo somente as zonas públicas, tais como jardins e outros espaços verdes cuja manutenção é da responsabilidade da Câmara Municipal de Évora.
Obter um composto maturado, e apropriado para introduzir no solo.
Diminuir ao máximo as toneladas de resíduos que chegam ao aterro municipal, diminuindo também os custos inerentes a esse processo.
Incentivar os munícipes a praticar compostagem doméstica.
Compostagem Municipal
Reciclar os resíduos vegetais do concelho, abrangendo somente as zonas públicas, tais como jardins e outros espaços verdes cuja manutenção é da responsabilidade da Câmara Municipal de Évora.
Obter um composto maturado, e apropriado para introduzir no solo.
Diminuir ao máximo as toneladas de resíduos que chegam ao aterro municipal, diminuindo também os custos inerentes a esse processo.
Procedimento:
Campanha de sensibilização, informação e formação junto dos trabalhadores que colaboram no processo, explicando-lhes cada passo do mesmo;
Recolha de resíduos de origem vegetal provenientes dos jardins públicos, bermas de estradas e espaços verdes da cidade de Évora;
Transporte dos vários tipos de resíduos vegetais para o local onde é realizada a Compostagem;
Separação dos diferentes tipos de resíduos vegetais que chegam ao local, tais como: relva, folhas, ramos e troncos. Misturar os diversos resíduos (relva, folhas e ramos triturados);
Montagem da pilha:
Amontoar esta mistura, formando um prisma triangular que tenha aproximadamente 3 m de base, e 2 m de altura;
À medida que vão chegando mais resíduos vegetais, repete-se este processo, e vai aumentado apenas o comprimento da pilha;
Consoante seja necessário (dependendo da % de humidade e da temperatura), a pilha será revolvida e/ou molhada;
Quando a pilha atingir um comprimento máximo (consoante o espaço existente no local), inicia-se outra paralela à inicial, e assim sucessivamente;
Periodicamente são feitas medições da temperatura de cada pilha, sempre no mesmo local, e sempre à mesma profundidade;
São registados os valores da temperatura ambiente e humidade do ar;
Semanalmente são recolhidas amostras de composto das várias pilhas para análise em laboratório.
Utilização do composto:
O composto formado pela primeira pilha de compostagem, já se encontra em utilização como fertilizante natural, no viveiro da Câmara Municipal de Évora.
Compostagem Doméstica
Os compostores podem ser comprados em lojas de bricolage ou feitos manualmente.
Uma caixa de madeira, sem fundo e com orifícios laterais que permitam o arejamento, representa uma ótima opção para utilizar como compostor.
Em alternativa ao compostor, poderá simplesmente acumular numa pilha os resíduos orgânicos previamente triturados (ex.: recorrendo a um biotriturador, uma tesoura de poda, etc…) preferencialmente debaixo de uma árvore (para evitar a exposição excessiva da matéria orgânica ao calor e ao frio) e em contacto direto com o solo, regar e revolver a pilha periodicamente.
Como fazer a manutenção? A humidade da pilha é um factor de extrema importância, e esta deverá manter-se em valores próximos dos 60%.
No verão existe uma maior necessidade de rega do composto, enquanto que no Inverno há uma maior necessidade de revolver a matéria orgânica para evitar o encharcamento e compactação da mistura.
Um outro fator relevante em todo o processo da compostagem é a temperatura. Esta irá aumentar inicialmente e poderá atingir temperaturas próximas dos 50ºC.
O composto estará maturado e pronto a introduzir no solo a partir dos seis messes do início da compostagem, quando a sua temperatura for igual à temperatura ambiente e este apresentar uma cor escura, um aspeto leve e desagregado.