Conselho Municipal de Educação conheceu projetos e ações educativas em curso

Os projetos e ações educativas municipais em curso no âmbito do Projeto Educativo Local (PEL) foram um dos principais temas tratados na reunião do Conselho Municipal de Educação que decorreu no dia 8 de novembro na Escola Básica André Resende – Agrupamento de Escolas Gabriel Pereira, presidida pelo Vice-Presidente da Câmara Municipal de Évora, Alexandre Varela.

A Chefe da Divisão de Educação e Intervenção Social da Autarquia, Helena Ferro, fez uma apresentação do trabalho realizado pelo Município, destacando alguns aspetos significativos deste projeto estruturante das políticas educativas, nomeadamente a oferta para o ano letivo de 2022/23 de um programa de educação não formal que integra iniciativas nas áreas da cidadania, ciência e ambiente, património e cultura e saúde e desporto. A entrega de um caderno sobre a Oferta Educativa camarária por forma a conhecer melhor projetos e ações em curso, bem como a passagem de um vídeo sobre o PEL integraram igualmente esta apresentação.

Tratou-se da segunda reunião do Conselho neste mandato, uma reunião descentralizada que permitiu a todos conhecer mais de perto o trabalho do Agrupamento de Escolas Gabriel Pereira e a sua oferta formativa em 2022/23, através da intervenção proferida pelo seu Diretor, Fernando F. Martins.

Os Conselheiros ficaram também a par da sua atuação em termos estratégicos e do vasto conjunto de medidas de promoção do sucesso escolar e da inclusão (este ano contam com mais de duas centenas e meia de estudantes de origem estrangeira) dinamizadas, assim como das necessidades mais prementes sentidas.

Outro ponto de significativo destaque foi a apresentação do trabalho desenvolvido pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Évora (CPCJ) pela Presidente Ana Botto. Um trabalho intenso, contínuo e de extrema sensibilidade numa área onde há ainda muito a fazer, onde o trabalho conjunto dos parceiros é fundamental, tal como a atenção a estas crianças e jovens por forma a permitir uma proteção atempada e eficaz.

Algumas das preocupações passam pelo aumento da reabertura de processos na Comissão após a respetiva arquivação em tribunal, assim como um aumento da violência doméstica e da negligência familiar o que estimula também um maior número de casos de violência física e psicológica em ambiente escolar e conduz a cada vez mais tentativas de suicídio entre os mais novos. A pandemia veio agudizar a situação e agora o aumento da crise económica e social e o uso excessivo das redes sociais e dos écrans sem controlo parental, ajuda a piorá-la.

“Os pais precisam de ajuda e os filhos também”, considerou a Presidente, dando igualmente conta do trabalho realizado ao longo do ano e das ações já previstas para 2023, entre elas formação para docentes, criação de grupo de trabalho destinado a dinamizar sessões de esclarecimento sobre bullying, acompanhamentos de casos e encaminhamento de outros para os parceiros, nomeadamente na área da psicologia e pedopsiquiatria.

Um largo conjunto de intervenções no Parque Escolar Público, empreitadas executadas em 2021 e 2022 e empreitadas a decorrer ou previstas nos Agrupamentos de Escolas foi também apresentado pelo Vice-Presidente Alexandre Varela.

A situação da Comissão Técnica de Acompanhamento das Transferência de Competências e informações sobre o Funcionamento do Sistema Educativo feita pela DGEstE foram outros dos pontos abordados, tendo ainda tomado posse diversos Conselheiros que não tinham estado presentes na primeira reunião.