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Arquivado: Para instrução de curiosos – #4 Almaneques, lunários e prognósticos

Atualizado em 27/01/2025
Os almanaques vêm do fundo dos tempos. Neles se transmitem informações da maior utilidade para a organização dos ciclos agrários, em firme consonância com a cadência dos ciclos cósmicos. Por isso abundam nas páginas destas publicações tabelas e minúcias sobre planetas e signos, sobre eclises e conjunções astrais, sobre lunações e marés, cruzando-se com prognósticos do ano, feiras e mercados, calendários festivos e religiosos, hagiologia e folia de mãos dadas. Estas eram publicações imprescindíveis, como diz o Prognóstico Geral e Calendário Perpétuo, de 1614, composto por Gaspar Cardoso de Sequeira, matemático «natural da Vila de Murça»: «Andam tanto em uso os pronósticos de cada hum ano, que quem o não traz consiguo, acha que anda desacompanhado».
Por regra, almanaques, prognósticos e lunários cruzam e combinam conhecimentos que consideram úteis com lógicas e saberes múltiplos (populares, religiosos, eruditos), pontuando as lunações com histórias de proveito e exemplo, provérbios e adivinhações. Nesta sessão Para instrução de curiosos leremos excertos de alguns exemplares portugueses, e conheceremos o autor de prognósticos e cego papelista Sarrabal Saloyo, irmão gémeo de Damião Francês, ambos naturais de Vilar de Frades. E no mais se não fala agora, venha quem quiser vir, que as portas estão abertas e o ano ainda agora começa! Ano novo, almanaques frescos!
Um projecto Veludo&Crochet

Curadoria e apresentação de José Alberto Ferreira.

Em parceria com
Sociedade Harmonia Eborense
Pé de Xumbo