Património Cultural Imaterial em debate no Palácio D. Manuel
Atualizado em 04/04/2023Encontro assinala os 20 anos da Convenção para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial da UNESCO
As questões em torno da salvaguarda do património cultural imaterial foram alvo de reflexão e debate no Palácio D. Manuel. Este ENCONTRO, que contou com a parceria da Câmara de Évora, marcou o arranque do programa PORTUGAL IMATERIAL: Convenção UNESCO 2003 – 2023, promovido pela Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), para assinalar os 20 anos da Convenção para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).
Com a realização deste vasto conjunto de iniciativas, a DGPC visa a reflexão e a valorização do património cultural imaterial no país. Em Évora, mais de uma centena de participantes e oradores ligaram a temática do património imaterial ao “Vagar”, o lema que transporta esta cidade à Capital Europeia da Cultura em 2027, identificando-o como modo de vida e elemento forte do património imaterial da região.
A ligação entre o conceito de “Vagar” e o património imaterial foi, aliás, o mote para o discurso de abertura da sessão por parte do Presidente da Câmara Municipal de Évora, Carlos Pinto de Sá. O autarca realçou a necessidade de articulação estre estas iniciativas e as propostas da candidatura, colocando a cultura no centro do processo de desenvolvimento, de forma a permitir a salvaguarda e valorização do ser humano. A abertura contou ainda com intervenções da Diretora Regional de Cultura do Alentejo, Ana Paula Amendoeira, do Presidente da Comissão Nacional da Unesco, Embaixador José Moraes Cabral, e Rita Jerónimo, subdiretora da DGPC.
Os trabalhos do ENCONTRO contaram com quatro painéis dinamizados por especialistas e profissionais da área do Património Cultural Imaterial em Portugal, que abordaram temas tão diversos como ‘O Património Cultural Imaterial em Portugal e a Convenção UNESCO 2003-2023’, ‘Vozes do Imaterial – Os detentores do Património Cultural Imaterial em Portugal’, os ‘Museus e Património Cultural Imaterial’ e, finalmente, o ‘Património Cultural Imaterial e Sustentabilidade – Interseções’.
Recorde-se que, no Alentejo, integram a lista de bens classificados como Património Cultural Imaterial da Humanidade o Cante Alentejano (2014), a Manufatura de Chocalhos (2015), a Produção de Figurado em Barro de Estremoz (2017) e as Festas do Povo de Campo Maior (2021).