Revisão do Plano de Urbanização de Évora: Do diagnóstico ao apuramento de propostas
Atualizado em 15/11/2022Teve inicio em maio passado o Processo Participativo do Plano de Urbanização de Évora (PU), promovido pela Câmara Municipal de Évora e a UEst-Urbanismo Estruturante, com o apoio do Laboratório de Planeamento e Políticas Públicas da Universidade de Aveiro, numa iniciativa que visa construir coletivamente um modelo de cidade (e de sociedade) que responda tanto aos desafios globais como também às preocupações locais.
Esta fase que agora se conclui permitiu não só apurar um diagnóstico cidadão onde são identificados os principais problemas e potencialidades da cidade, mas também, e a partir deste, delinear pistas e ideias para a próxima fase, a do apuramento de propostas.
Assim, dos contributos apurados emergiu a importância da escala humana da cidade, da vivência de proximidade que esta permite e induz, e da necessidade de qualificação e reforço dos espaços públicos como caminho para a valorização deste seu caráter.
Também o equilíbrio ambiental surgiu como fator diferenciador, exigindo estratégias de aumento, estruturação e qualificação dos espaços verdes urbanos, tirando partido do potencial da relação entre os contextos rural e urbano com a consequente valorização do património natural e da envolvente da cidade.
A mobilidade foi outra temática incontornável, e nesta, o caminho da implementação de um modelo global sustentável no qual, o reforço, estruturação e qualificação da mobilidade suave poderá ter um papel decisivo.
Foi ainda reconhecida a importância do turismo, da cultura, e valores identitários da cidade, como fatores a valorizar, indissociáveis da riqueza do seu património imaterial e material, sendo necessário cuidar do respeito social que estes merecem.
A uma escala mais abrangente, surgiu a localização de Évora no eixo Lisboa-Madrid e a importância da promoção do seu efeito dinamizador do tecido empresarial, pelo acolhimento de novas empresas, geração de emprego e atração de investimento.
Sublinhou-se ainda o papel da Universidade de Évora como polo de valorização da cidade e da região, devendo-se considerar o seu efeito potenciador de desenvolvimento económico, social ou cultural, e magnete para fixação de estudantes e jovens quadros.
O tema da habitação mereceu também forte destaque, por um lado pela disponibilidade de imóveis para reabilitação, mas por outro pelo seu custo elevado e escassa oferta, nomeadamente no mercado de arrendamento, cenário que, não sendo exclusivo desta cidade, exigirá uma visão estratégica que permita encontrar novas respostas.
O apuramento de propostas para estes e outros eixos concretizar-se-á nas próximas sessões participativas para as quais será fundamental o contributo de todos.
Participe!
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