Arquivado: Encontro de Jovens MAYORS FOR PEACE

Tendo como pano de fundo o tema Vagar, que inspira o conceito de Évora 2027 – Capital Europeia da Cultura, e assinalando-se em 2025 o 80.º aniversário do bombardeamento atómico de Hiroshima e Nagasaki, a Câmara Municipal de Évora irá organizar nos dias 20 e 21 de maio um Encontro de Jovens da Mayors for Peace e a Conferência “Então e a Paz?”. Estas iniciativas têm como objetivo incentivar a reflexão em torno da cultura de paz e do papel que a cultura, a educação e as artes desempenham na sua promoção.

ENCONTRO DE JOVENS MAYORS FOR PEACE

20 de Maio | Centro Cultural Armazém 8

14:30 – “Descasco uma Cebola pelo Mundo” – Atividade de escrita e ações performativas pela paz

Dinamizada por Vera Alvelos, encenadora, criadora e mediadora cultural

O mundo em 2025 está um caos, com posições extremadas e corações empedernidos. O sol não é para todos, há muitas vidas esmagadas pela guerra. É urgente falar de paz, sentir a paz, construir a paz e encher os nossos corações com a ideia de paz. Não é fácil. Os escritores e os poetas muito nos ajudam a pensar e a descobrir sentidos e sensações quando já não temos palavras ou sentimentos próprios perante as imagens e informações que nos inundam. Durante uma tarde, em grupo, guiados pelas palavras de outros vamos nós também trabalhar em camadas e soltar as palavras, construir sentidos, projetar direções e rumos, arrancar sentimentos e uivos de dentro de nós. Uma atividade de pensamento, escrita e ações performativas em torno da urgência da paz.

20h00 – Jantar

Inscrições gratuitas:

Jovens eborenses ou residentes em Évora, entre os 18 e os 30 anos de idade, com interesse no tema (lotação limitada à capacidade do espaço).

Envio de email para: palavraj@cm-evora.pt

Data limite: 16 de maio

Bio Vera Alvelos

Vera Alvelos, Lisboa, 1976. Encenadora, criadora e mediadora cultural.

Mestre em Artes Cénicas pela FCSH-UNL (2018), estudou anteriormente Psicologia Clínica no ISPA.

É criadora de espetáculos para todos os públicos (dramaturgia e encenação) dos quais destaca Mitomóvel, Estrada Esfomeada, A viagem de Sonia Delaunay e Princesa Sal.

Cria projetos artísticos participativos, com recurso às artes visuais e performativas, trabalhando com comunidades várias em questões como a memória e a relação com o lugar, dos quais destaca Histórias nos Becos (Festival Rádio Faneca/Ílhavo), 140 Mil Memórias (Festival Imaginarius / Santa Maria da Feira), Velha Infância (Casa da Memória / Guimarães), Museu Informal (Tomar, Abrantes e V.N. Barquinha / Médio Tejo), o tríptico Naturália, Lugar e Húmus (CAE de Sever do Vouga) e Através da Terra (Fundão, Gouveia e Lamego) e um trabalho continuado com imigrantes e refugiados no Festival Todos (Lisboa).

Tem, igualmente, projetos de sua autoria que juntam o conceito de instalação com performatividade, recebendo o público em percursos encenados, como Olhar o Céu – o Mito de Pandora, Broken Parts – De Cortar à Faca, Um Espaço só Seu – uma abordagem à literatura através do feminino, ou Favas Contadas, literatura e gastronomia.

Na génese do seu percurso está um trabalho intenso na área da mediação cultural, tendo durante vinte anos colaborado com museus, bibliotecas e serviços educativos (Centro de Arte Moderna da FC Gulbenkian, Centro de Pedagogia e Animação do CCB, CENTA- Centro de Estudos de Novas Tendências Artísticas, entre outros), juntando a relação com públicos à comunicação, educação pela arte, pedagogia e criação artística.