𝗢 𝗳𝗲𝘀𝘁𝗶𝘃𝗮𝗹 𝗱𝗲 𝘁𝗼𝗱𝗮𝘀 𝗮𝘀 𝗮𝗿𝘁𝗲𝘀 𝗲 𝗰𝘂𝗹𝘁𝘂𝗿𝗮𝘀 𝗿𝗲𝗴𝗿𝗲𝘀𝘀𝗮 𝗮̀𝘀 𝗿𝘂𝗮𝘀 𝗱𝗲 𝗘́𝘃𝗼𝗿𝗮
Atualizado em 12/07/2022
publicado em 12 de julho de 2022
𝟮𝟴 𝗱𝗲 𝗷𝘂𝗹𝗵𝗼 𝗮 𝟭𝟰 𝗱𝗲 𝗮𝗴𝗼𝘀𝘁𝗼 𝗱𝗲 𝟮𝟬𝟮𝟮
Após dois anos de interregno, o festival Artes à Rua está de regresso e retoma os já habituais diálogos interculturais: a música, a dança, o teatro, a performance, o circo contemporâneo e as artes visuais fazem parte do programa que de 28 de julho a 14 de agosto anima o espaço público da cidade de Évora com um total de 52 espectáculos. A programação resulta, em parte, de residências artísticas que unem artistas eborenses e criadores de várias disciplinas e nacionalidades. Destes encontros, assentes no respeito pelas diferenças sociais, étnicas, sexuais, religiosas ou estéticas de cada um, que fazem do Artes à Rua um lugar de Paz, nasceram dois espectáculos que são estreias absolutas nesta quarta edição.
REVOADA, o espectáculo de abertura que terá lugar no dia 28 de julho, pelas 21h30, é um exemplo da diversidade gravada no ADN do festival. Num encontro entre o Alentejo e a África Austral, a cantora moçambicana Lenna Bahule, e músico alentejano da Raia, eborense por adopção, António Bexiga (Tó Zé), viajam no tempo e no espaço, unindo sons, histórias, memórias e tradições numa apresentação de voz, cordas, corpo e chão.
A segunda estreia resulta de uma residência artística que une Soukaina FAHSI e os Cantares de Évora com direção artística de Carlos Menezes, compositor e músico de Estremoz, eborense de adoção. A magrebina de El Jadida, em Marrocos, e o grupo dedicado ao Cante Alentejano, Património Imaterial da Humanidade, darão expressão a um encontro entre as sonoridades sufi do Magreb e as polifonias modeladas no trabalho duro nos campos do Alentejo no dia 13 de agosto, também às 21h30.
Para além das residências artísticas, há muito para ver e ouvir no Artes à Rua 2022. Nos dias 29 e 30 de julho, O Bairro volta à cidade, com curadoria de Rui Miguel Abreu, diretor da revista digital Rimas e Batidas e colaborador do Expresso, Blitz e Antena 3. O movimento artístico de expressões urbanas terá, nesta edição, um foco na palavra, entendida de diferentes ângulos, sob várias formas. A programação inclui DJ sets de DJ SIMS, M3dusa e Gijoe, gravações ao vivo de programas de rádio e podcasts – Tape Delay de DarkSunn e Rimas e Batidas de Rui Miguel Abreu com Capicua –, poetas e artistas de spoken word (Nerve e Alice Neto de Sousa) e ainda os concertos de Ana Tijoux, uma das figuras chilenas da sua geração com maior relevo internacional, Perigo Público + Sickonce, Pródigo, Mazarin + Amaura e M.A.C. + Blasph.
TEM GRAÇA, o Festival Internacional de Mulheres Palhaças programado por Susana Cecílio, diretora da Algures – Coletivo de Criação, apresenta quatro espectáculos de clown entre os dias 5 e 7 de agosto, dando espaço a um encontro de mulheres palhaças de todo o mundo. B.O.B.A.S. de Lisa Madsen, Jimena Cavalletti e Laia Sales pode ser visto no dia 5 de agosto, no dia 6 de agosto há UMANA de Mireia Miracle e ROJO de Maria Simões e no dia 7 de agosto, INTO THE WILD de Pina Polar.
De entre os grandes artistas nacionais em cartaz, destacam-se, entre outros, MARO, a cantora que representou Portugal no Festival da Canção em 2022 e que atua a 3 de agosto; a 9 de agosto, Club Makumba, projeto musical de Tó Trips (Dead Combo, Lulu Blind) e João Doce (Wraygunn), a que se juntam agora Gonçalo Prazeres e Gonçalo Leonardo; a 11 de agosto, BATEU MATOU, um super grupo que junta tambores e computadores, formado por Ivo Costa (Batida, Sara Tavares), Joaquim Albergaria (Paus) e Riot (Buraka Som Sistema) e a 14 de agosto, Dino D’Santiago, músico que quase dispensa apresentações, natural de Quarteira, e que é hoje uma voz do mundo, trabalhando a tradição cabo-verdiana com o peso contemporâneo da eletrónica global.
As músicas de Cabo Verde e Moçambique têm uma presença significativa nesta edição do festival, com nomes como Lenna Bahule, que atua em nome próprio no dia 31 de julho e apresenta o seu mais recente álbum MCIKA, Mario Lucio Sousa & os Kriols, a 6 de agosto, um espectáculo que conta com um repertório dançante, repleto de ritmos cabo-verdianos, de Morabeza e Sodade, Lucibela, cantora natural da ilha de São Nicolau, no barlavento cabo-verdiano, que atua a 8 de agosto, ou, a 14 de agosto, Scúru Fitchádu, nome artístico de Marcus Veiga, cuja sonoridade afro futurista faz referências diretas à música cabo-verdiana dentro de uma estética punk, num caminho de aceleração de batidas cardíacas e eletrónica disruptiva.
Para os mais novos, o dia 31 de julho é dedicado às preocupações ambientais e inclui a oficina Além Risco, sobre as alterações climáticas, e um concerto do – agora quarteto – Mão Verde, com Capicua, Pedro Geraldes, Francisca Cortesão e António Serginho. E como nem só de música vive o Artes à Rua, no dia 4 de agosto, o Coreto Con(Vida), um espectáculo dirigido por Cláudia Nóvoa, enche o espaço do coreto com músicos, equilibristas, acrobatas e malabaristas e com a poesia de Eugénio de Andrade e Fernando Pessoa. A 12 de agosto, Na Rua, da associação cultural Útero, reflete sobre a cidade, a intimidade e as emoções numa performance teatral. A instalação coloratorum elementa tubulosae (elementos tubulares coloridos) de Anabela Afonso Calatroia permanecerá no jardim público até dezembro, lembrando, entre outras coisas, a importância das Artes e da Cultura para encher de cor a vida de quem com elas se cruza.
Programação completa aqui: https://www.cm-evora.pt/eventos/artes-a-rua-2022/
𝗖𝗛𝗔𝗠𝗔𝗗𝗔 𝗣𝗔𝗥𝗔 𝗡𝗢𝗩𝗔𝗦 𝗖𝗥𝗜𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦
A Câmara Municipal de Évora, através da programação do Artes à Rua – festival de artes públicas, abre uma chamada a novas criações artísticas, designada Call do Artes à Rua 2022.
A Call do Artes à Rua tem como missão o apoio a artistas, criadores, agentes culturais do concelho de Évora para o desenvolvimento e apresentação de novas criações em todos os domínios artísticos.
Através da arte e da cultura, a Call do Artes à Rua deseja estimular a criação artística, geradora de ações e experiências para a transformação social, em defesa das pessoas e da natureza, apoiando propostas de práticas artísticas que desenvolvam pensamento e conhecimento para a construção coletiva da sociedade como lugar de tolerância, de paz e de interculturalidade.
Alinhados com estes objetivos, a Call do Artes à Rua abre a fase de submissão de propostas do dia 15 de julho de 2022 ao dia 31 de agosto de 2022. A Call do Artes à Rua privilegia propostas que assentem em novas narrativas e formas de participar, em cruzamentos e diálogos entre corpos individuais e coletivos de artistas, agentes culturais e públicos em espaços de cultura e de natureza.
As propostas podem ser submetidas através do formulário disponibilizado no sítio da Câmara Municipal de Évora até ao dia 31 de agosto de 2022.
Mais informações através do endereço artesarua@cm-evora.pt.