Conselho Local de Ação Social de Évora apresenta trabalho em prol dos mais fragilizados

O trabalho de apoio à população com mais dificuldades sociais e económicas no Concelho foi o tema central da reunião do Conselho Local de Ação Social de Évora realizada na tarde de 3 de junho, no Palácio de D. Manuel, presidida pelo Vereador Alexandre Varela.
Um dos pontos em destaque incidiu na apresentação de dados sobre a execução do Projeto Radar Social, iniciativa financiada pelo Plano de Recuperação e Resiliência, que totaliza 167 sinalizações de pessoas em situação bastante vulnerável, principalmente na União de Freguesias de Malagueira e Horta das Figueiras e na de Bacelo e Srª Saúde.

Trata-se, na sua maioria, de pessoas sem rendimentos, a sobreviver com prestações sociais (RSI e abonos família), sendo as principais problemáticas detetadas: baixos rendimentos, desemprego e carência habitacional severa. Foram feitos 182 encaminhamentos (SAAS, SCM Évora e Cáritas), tendo 49 situações sido encaminhadas para mais que uma resposta.

Foi aprovada por unanimidade a entidade parceira de gestão do Centro de Acolhimento Temporário e de Transição (Antigo Lar dos Pinheiros). Este, integrará 8 quartos para alojamento de emergência de 14 pessoas e 2 alojamentos T3 para integrar temporariamente 5 pessoas. O total de investimento é de 1.695.306,20 euros.

O Presidente do CLASE, Alexandre Varela, atendendo à história institucional, experiência na intervenção e acompanhamento e integração de pessoas em situação de sem-abrigo, bem como o trabalho desenvolvido ao nível do atendimento e acompanhamento social propôs a Santa Casa da Misericórdia de Évora como entidade parceira para a gestão deste equipamento.

Foi partilhada informação sobre a necessidade de o município organizar uma lista com a indicação de cidadãos interessados em constituírem-se como juízes sociais. Pretende-se a representação de elementos da sociedade civil para reflexão sobre processos judiciais com menores.

De acordo com o estabelecido em sede de regulamento interno do CLASE, foi aprovada a adesão da “Oficina do Fermento” a este Conselho. Trata-se de uma organização sediada no território com enfoque na intervenção para crianças com necessidades educativas especiais, pretendendo qualificar, por exemplo, a oferta de ocupação de tempos livres para estas crianças.

O Centro de Respostas Integradas de Évora (CRI) apresentou o Observatório Regional dos Consumos, estudo realizado em contexto escolar, deixando várias notas e alertas sobre a matéria das dependências junto dos jovens.

Reforçando a necessidade do tema ser integrado como central na intervenção social local, o Coordenador do CRI, Paulo de Jesus salientou ainda a importância de um olhar conjunto e uma atuação articulada para a mitigação dos números apontados no Concelho.

No que concerne ao Contrato Local de Desenvolvimento Social – Vidas Ativas CLDS 5G, depois de partilhado o ponto de situação do projeto pela sua Coordenadora, Otília Emílio, foi colocado à consideração do Conselho o pedido de reprogramação temporal e financeira do projeto. A proposta foi aprovada por unanimidade.

No ponto “Outros Assuntos” destaca-se que a presidente da APPACDM de Évora, Rosa Moreira, convidou os presentes para a inauguração do projeto FundaMental, resposta ocupacional para pessoas adultas com doença mental que passará a funcionar na antiga sede da Metalentejo (parque estacionamento frente ao Hospital do Patrocínio), a partir de 4 de junho.

Foi ainda deixado o convite para assistir à Bienal Internacional de Marionetas de Évora (BIME) que decorre no Concelho entre 3 e 8 de junho.