Contradições e desafios da reabilitação urbana: Plano de recuperação e resiliência na componente habitação em Évora
Atualizado em 04/07/2023No encontro sobre as “Contradições e desafios da reabilitação urbana: Plano de Recuperação e Resiliência na Componente Habitação em Évora” que decorreu no passado dia 30 de junho no Palácio de D. Manuel, um conjunto de técnicos especialistas nas áreas da reabilitação urbana e da habitação, apresentaram saberes e experiências sobre os processos de reabilitação urbana e dos desafios das políticas de habitação em Portugal.
O Vice-Presidente da Câmara Municipal de Évora, Alexandre Varela deu as boas vindas aos participantes, tendo os trabalhos se iniciado com uma comunicação proferida por Luís Mendes (Geógrafo) que falou da “Reabilitação urbana em Portugal: limites e desafios passados e futuros”; prosseguindo com Joana Mourão (Arquiteta) que apresentou “A reabilitação de edifícios habitacionais urbanos como contributo para preservação do património, eficiência ambiental e justiça espacial” e Sónia Alves, (Geógrafa) que abordou o tema “Mix residencial e mix social”. A moderar, esteve Cláudia Gaspar (Arquiteta).
Após um pequeno debate, Margarida Cavaleiro (Arquiteta – Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana) apresentou os “Instrumentos de políticas públicas de habitação: Plano de Recuperação e resiliência na componente Habitação” e Susana Mourão (Socióloga – Unidade Habitação Reabilitação Urbana da Câmara Municipal de Évora) o “Plano Local de Habitação de Évora: Plano de Recuperação e Resiliência na Componente Habitação em Évora”.
Os arquitetos Filipa Fróis Almeida e Hugo A. Reis explicaram a proposta que estão a preparar para a Feira de S. João, projeto no âmbito de Évora-27, tendo o debate desta parte dos trabalhos sido moderado por Telma Félix (Arquiteta da Unidade de Reabilitação Urbana da Câmara Municipal de Évora).
O encerramento dos trabalhos foi feito pelo Presidente Câmara Municipal de Évora, Carlos Pinto de Sá que sublinhou, entre outras ideias, que não podem ser só os municípios, que não tem competências nem meios, a resolver o problema da habitação, apontando também para o cada vez mais elevado problema da especulação financeira em torno da habitação. Defendeu ainda uma intervenção estatal no mercado, nomeadamente com oferta de habitação pública que trave a especulação e políticas europeias diferentes, que apostem mais na devolução de rendimentos do trabalho às famílias e consequente aumento do seu poder de compra.