Dia Internacional da Pessoa com Deficiência assinalado em Évora: Mostra de talentos, defesa de direitos e convívio fraterno marcaram a data
Atualizado em 05/12/2025“Estamos cá para sermos parceiros em todos os momentos”, afirmou a Vereadora Carmen Carvalheira na sessão de abertura do VIII Fórum Inclusivo – A Arte Completa (NOS) – Direito a Cultura”, que decorreu a 3 de dezembro, nos Paços do Concelho.
Um evento organizado pela APPACDM de Évora, Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental, em parceria com a Câmara Municipal de Évora e as diversas entidades do concelho ligadas a esta temática.
Os utentes das diversas instituições mostram os seus talentos, falaram dos seus direitos, como por exemplo o acesso à cultura ou ao emprego, assim como a melhoria das acessibilidades, mas também conviveram e divertiram-se.
Sensibilizar, dar o exemplo na área da empregabilidade e juntar todas as entidades nesta missão foi também outro dos aspetos focados pela Vereadora Carmen Carvalheira na sua intervenção, anunciando que, em breve, a Câmara Municipal de Évora enviará convites a todas estas instituições para serem parceiros de Évora Capital Europeia da Cultura 2027.
A importância de melhorar cada vez mais as condições de vida das pessoas com deficiência foi igualmente abordada pelo Diretor do Centro Distrital de Évora da Segurança Social, Nuno Alas, tendo em conta o aumento da esperança de vida destas e sendo cada vez mais visíveis dificuldades em dar os apoios necessários, uma vez que os financiamentos comunitários não contemplam esta matéria, pelo que deve ser o Estado português a agir e implementar políticas que contrariem estas dificuldades.
Um caminho e luta feito constantemente pelas associações dedicadas à área dos portadores de deficiência e que é para continuar, sublinhou a presidente da Direção da APPACDM de Évora, Rosa Moreira, uma vez que sentem que estão a perder direitos.
Desde há 8 anos que o Fórum Inclusivo serve também para unir instituições, refletir e agir na defesa dos direitos destas pessoas nas mais diversas áreas da vida, incidindo este ano na Arte/Cultura, sublinhou Rosa Moreira, considerando que “é mais uma forma de fazer parte da comunidade. A arte completa-nos a todos e à comunidade e enquanto houver estradas para andar, vamos continuar na luta pelos direitos das pessoas com deficiência”.
O Fórum contou com o trabalho de Núria Galinha (Interprete de Língua Gestual Portuguesa da Associação de Surdos de Évora, tendo como moderadora Marisa Guimarães (Coordenadora do Centro de Arte e Cultura da Fundação Eugénio de Almeida).
Durante a manhã, após a sessão de abertura, foram apresentados os projetos “Dancemos o Mundo”, da Associação de Paralisia Cerebral de Évora e Os Filhos de Lumiére – Associação Cultural; “O Trote Torto” pela Malvada Associação Artística e APPACDM de Évora; “Bem Estar Pela Arte” pela Associação Sócio-Cultural Terapêutica de Évora.
Igualmente o “Dentro da Caixa” pela Associação de Reabilitação, Apoio e Solidariedade Social de Évora, Polícia de Segurança Pública e Escola de Artes da Universidade de Évora; “Contos em Língua Gestual Portuguesa”, pela Associação de Surdos de Évora; e “Regadinho” pela Cercidiana/Grupo Ritmos do Coração. Foi servido um lanche a cargo das equipas de Formação Profissional de Pastelaria da APPACDM.
A tarde começou com uma Performance Inclusiva, dinamizada pela Associação Sócio Cultural Terapêutica de Évora, na qual participaram alunos da Coopberço – Creche e Jardim de Infância e utentes do Centro de Convívio da Câmara Municipal de Évora. Decorreram ainda dois workshops abertos à comunidade: um dinamizado pela Associação de Surdos de Évora e outro sobre boas práticas no atendimento a pessoas com deficiência visual, orientado por pela professora Fátima Santos.















































