Dia Mundial em Memória das Vítimas da Estrada 2025 assinalado em Évora

Sob o mote “Lembrar, Apoiar, Agir” foi assinalado o Dia Mundial em Memória das Vítimas da Estrada de 2025 (16 de Novembro) em Évora.

O programa iniciou-se com uma missa na Igreja de S. Francisco em memória de todas as vítimas, marcada por uma mensagem de solidariedade e esperança, bem como pela defesa da prevenção e segurança rodoviária, deixada pelo Arcebispo de Évora.

Após concentração na Praça de Giraldo, teve lugar uma marcha lenta até ao Jardim da Memória, onde foram lembradas as vítimas da estrada, através de uma exposição e de um momento musical pelo Eborae Musica Trompetes e pelo Grupo Coral dos alunos do 1º Ciclo do Agrupamento de Escolas Gabriel Pereira.

Seguiu-se a deposição das Varas, tendo a cerimónia solene, com intervenção de representantes das várias associações envolvidas, sido cancelada devido à forte chuva que se fazia sentir.

De tarde, no Palácio de D.Manuel foi inaugurada a exposição “Sinistralidade Rodoviária em Portugal”, da autoria da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária; apresentada a página eletrônica “Tive um Sinistro, o que Fazer?” – um desafio feito a dois jovens pelo Instituto Português do Desporto e Juventude em parceira com a  GARE;  e realizado o debate “Direitos Humanos e Segurança Rodoviária”, marcado por uma conferência proferida pelo Professor Silvério Costa, da Universidade de Évora.

O programa das comemorações teve como principais dinamizadores a EV- Liga de Associações pela Cidadania Rodoviária, Mobilidade Segura e Sustentável e a GARE Associação para a Promoção de uma Cultura de Segurança Rodoviária, com o apoio de diversas entidades, entre elas a Câmara Municipal de Évora, tendo o Vice-Presidente, Jerónimo José, participado nas cerimónias.

Recorde-se que a organização da celebração em Portugal tem sido assegurada desde 2004 pela Estrada Viva, em colaboração com diversas outras entidades.

Esta efeméride é enquadrada na Década Global de Ação para a Segurança Rodoviária 2021-2030, promovida pelas Nações Unidas, sendo o mote internacional da campanha do Dia Mundial em Memória das Vítimas da Estrada “Lembrar, Apoiar, Agir”.

Lembrar, com a evocação pública da memória daqueles que perderam a vida e a saúde nas estradas e ruas significa um reconhecimento, por parte dos Estados e da sociedade, da trágica dimensão da sinistralidade, e ajuda os sobreviventes a conviver com o trauma de memórias dolorosas resultantes de desastres rodoviários. Presta também homenagem às equipas de emergência, às forças de segurança, aos profissionais de saúde e outros que diariamente lidam com as consequências traumáticas da sinistralidade.

Apoiar, continuando  a pugnar pelo apoio necessário às vítimas diretas e indiretas dos sinistros rodoviários, não esquecendo que no dia em que o sinistro rodoviário acontece a vida pára ou muda o rumo da vida da vítima para sempre, e que cada vítima tem a sua própria história desse dia, que os seus familiares, amigos e conhecidos carregam na memória, com uma carga emocional forte e por vezes traumática, pelo que recordamos a necessidade de implementar medidas efetivas e  estruturadas de apoio psicossocial às vítimas da estrada.

Agir para tomar medidas de diminuição da sinistralidade, mas também para que sejam encaradas medidas de saúde pública, nomeadamente o reconhecimento dos direitos das vítimas da sinistralidade rodoviária, e a necessidade de promover o apoio psicossocial das vítimas, diretas e indiretas e a criação de gabinetes para apoio a estas vítimas e suas famílias. Com esta celebração, pretendemos também criar sinergias para agir, e fazer agir, no sentido de minimizar os impactos sociais, económicos e sanitários da sinistralidade rodoviária.

Neste Dia Mundial em Memória das Vítimas da Estrada, os seus dinamizadores relembram também “em especial o milhão de jovens que em todo o mundo perdem a vida na estrada. Um milhão de jovens com sonhos e talentos para cumprir, que nunca alcançarão todo o seu potencial”.

Sublinham igualmente que “Quando as pessoas morrem ou ficam gravemente feridas na estrada, em idades precoces, o mundo perde mais do que apenas indivíduos — perde o seu potencial, as suas ideias, o seu impacto futuro na sociedade, tornando-se talentos perdidos”, sendo que “as estatísticas indicam-nos que as lesões por sinistralidade rodoviária continuam a ser a principal causa de mortalidade de crianças e jovens entre os 5 e 29 anos”.

Pode encontrar mais informações sobre esta temática em www.estradaviva.pt e www.gare.pt